
A história é a recriação — originalíssima, marcante e violenta como todas as obras de Miller — de um dos mais famosos episódios de guerra da Antigüidade. Com a Grécia invadida pelas tropas persas do imperador Xerxes, 31 cidades-estados se unem para enfrentar os invasores. Esparta — famosa pela tradição militarista — envia 300 soldados, liderados por seu rei Leônidas, para enfrentar as centenas de milhares de inimigos nas Termópilas, um desfiladeiro no norte da Grécia. Nessa região, a única passagem natural para o exército persa seria entre o desfiladeiro e o mar, um espaço minúsculo que os espartanos, a princípio auxiliados por milhares de outros gregos, conseguiram defender por muitos dias (veja a região). Só após a traição de Efialtes, que indica aos inimigos um caminho secreto pelas montanhas, os 300 de Esparta perdem a batalha. Mas Leônidas conseguiu seu intento: além de desmoralizar Xerxes e seus homens, ganhou tempo para os aliados se prepararem para a batalha. A força naval grega, liderada pelos atenienses, consegue destruir boa parte da armada persa junto da ilha de Salamina (veja a área do confronto), o que faz Xerxes recuar.
A edição da Devir foi impressa com primor, mas a tradução de Marquito Maia deixa a desejar. O nome da cidade de Corinto — um dos principais centros da Grécia clássica — foi grafado como Coríntia (Corinth, em inglês). Já Salamina, próxima de Atenas, virou Salamis, uma “ilha do reino de Chipre”, segundo o tradutor.
Revista Bravo - André Pereira
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